Um vídeo que circula por redes sociais mostra os momentos de angústia que 48 ageiros viveram na noite da última quarta-feira (26) em um voo da companhia Latam entre Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, e Assunção, capital do Paraguai.

Aqueles que não gostam de viajar de avião não devem ver o vídeo:

O avião saiu de Santiago, no Chile, às 15h50 e deveria chegar em Assunção duas horas e 40 minutos depois ao aeroporto Luque, na região metropolitana de Assunção.

No percurso, no entanto, ele precisou fazer uma mudança de rota em Foz do Iguaçu, devido a uma previsão de fortes tempestades.

Três horas depois, por volta das 21h de quarta, ao retomar o voo saindo de Foz do Iguaçu, com destino a Assunção, o avião foi surpreendido por um temporal.

Por volta das 19h de quarta, o Serviço Meteorológico do Paraguai emitiu vários alertas de temporais pelo país.

Conforme o Direção Nacional de Aeronáutica Civil do Paraguaia (Dinac), em entrevista ao jornal ABC, 15 minutos após a decolagem de Foz do Iguaçu, a aeronave foi atingido por granizo que causou danos à estrutura. O bico do avião ficou destruído.

Por volta das 23h09, segundo a Latam paraguaia, o avião pousou em Assunção e tanto ageiros, quanto tripulação saíram ilesos.

Em nota a companhia aérea lamenta o ocorrido "que a situação meteorológica pode ter causado aos ageiros".

Testemunho do pânico 341i2y

A ageira Pabla Thomen, que estava no avião, relatou o pânico vivido na viagem. A situação para a ageira foi tão traumática que nos piores momentos da tempestade, ela chegou a se despedir da filha de dois anos, que também estava no voo.

Veja o relato:

"Escutamos toda a chuva, o vento, com um barulho muito forte, e escutávamos o motor, que tinha que fazer muita força, como que lutando contra a tempestade [...] até que o piloto nos avisou que faríamos um pouso de emergência [...] Eles pediram para colocar a cabeça para frente, só que eu não podia fazer porque tinha minha bebê de dois anos no colo, pedi ajuda a outro ageiro e consegui prender eu e minha filha ao cinto para ficarmos o mais seguras possível para algum impacto”.

“Eu já estava me despedindo de minha filha pequenina, estava dizendo que eu a amava, e que sempre estaríamos juntas. Eu a abraçava e cantava a sua canção favorita. Foi bastante duro esse momento, mas graças a Deus, podemos chegar em casa e estar vivas."

“Eu vi o avião nas notícias. Menos mal não ver ele naquele momento [da aterrissagem], porque acho que teria sido mais traumático, ver aquela ponta quebrada, o para-brisa trincado”.