A concessão da BR-364, inédita em Rondônia, que prevê um investimento de R$ 10,226 bilhões ao longo de 30 anos, deve ampliar apenas 107,57 km da rodovia que liga Porto Velho, capital do estado, a Vilhena. 
 
Segundo o edital divulgado recentemente pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), e o projeto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a ‘Rota Agro Norte’ será ampliada no trecho entre Jaru e Presidente Médici. 

Além disso, o projeto prevê a implementação de 190,59 km de faixas adicionais, 17,79 km de vias marginais; 24 agens de pedestres; 24 agens de fauna e 90 pontos de ônibus.A privatização também deve revitalizar o contorno de Ji-Paraná (RO) e ampliar os ao Porto Novo, que movimentam imensa quantidade de produtos da agropecuária, principal indústria do estado. 

Ao todo, serão concedidos 721,07 quilômetros da rodovia. Ganha o leilão da concessão a empresa que apresentar o maior desconto sobre a tarifa básica de pedágio - que, segundo o Ministério dos Transportes, deverá custar a partir de R$ 0,15 centavos por km. O projeto prevê que sete praças de pedágio sejam implantadas na rodovia.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Rondônia estima que para viajar da capital, Porto Velho, até o município limítrofe de Vilhena, um motorista de veículo de eio deve pagar cerca de R$ 113 (ida e volta). Um caminhão bitrem poderá desembolsar até R$ 2.000,00 em uma viagem, encarecendo o frete em quase 2%.

‘IPVA duplicado’
 
Apesar de essencial para a manutenção e o crescimento do agronegócio em Rondônia, a privatização da BR-364 tem sido criticada por parte da população rondoniense.

Leitores ouvidos por Rondoniaovivo disseram que a cobrança de pedágios se caracteriza como um ‘IPVA duplicado’, já que, na privatização, além de pagar o imposto, o motorista também paga pedágio.

Nas redes sociais, internautas também disseram que a ampliação de 107 km é insuficiente para atender o fluxo de 1,1 milhão de transeuntes que utilizam a rodovia.